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JORGE MAIA

Lucho González já não é jogador do FC Porto. El Comandante desvinculou-se ontem do tetracampeão português, ficando dessa forma livre para assinar pelo Olympique de Marselha. O internacional argentino, recorde-se, tinha mais três anos de contrato com o FC Porto - a última renovação aconteceu há menos de um ano - e deverá agora assinar um contrato válido por quatro temporadas com o Marselha. O jogador viaja apenas depois de amanhã para França, devendo submeter-se aos inevitáveis exames médicos apenas na segunda-feira, antes de se juntar aos trabalhos de pré-temporada do Marselha que, entretanto, arrancaram ontem nos Alpes sob a liderança de Didier Deschamps.
O argentino esteve no Dragão desde o início da tarde com o seu empresário para acertar a desvinculação com o FC Porto e ainda passou pelo aeroporto para recuperar as malas que se transviaram durante a viagem da véspera, antes de regressar a casa onde continua a ultimar os preparativos da mudança para França. Apesar do contrato com o Marselha prever uma ligação de quatro anos ao clube francês, O JOGO sabe que é intenção do médio manter a casa no Porto, comprada no início do mês, mantendo bem viva a ligação a uma cidade que, confessadamente, marcou o seu percurso desportivo e com a qual mantém fortes laços afectivos. Lucho, recorde-se, passou as últimas quatro temporadas no FC Porto tendo conquistado outros tantos títulos de campeão, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e o coração da maioria dos adeptos portistas.
A possibilidade de abraçar um novo desafio, jogando num campeonato diferente, bem como o fabuloso salário que vai auferir no Marselha - cerca de 300 mil euros mensais, num total de 12 milhões de euros nos quatro anos de contrato, livres de impostos - foram decisivos para a decisão de abandonar o FC Porto, onde, em entrevista a O JOGO antes de partir para férias, disse pretender continuar. Aos 28 anos de idade, este poderá ser o último contrato que Lucho assina na sua carreira que pode muito bem terminar no Marselha. Contudo, o jogador não esconde o desejo de voltar a jogar na Argentina, de preferência no Huracán ou no River Plate, os únicos clubes que representou antes de se mudar para a Europa e para o Porto.